Quando vou pra casa no fim de cada turnê, entro no que chamo de “processo de descompressão”. O melhor jeito de lidar com isso é fazendo absolutamente nada por pelo menos três ou cinco dias. Com esposa e três filhos, pude fazer isso por 45 minutos e voltei ao mundo real.
Vou começar com a Cidade do México. Terminamos o show em Brasília (que é cidade irmã de Boston) e voamos por sete horas e meia até o Tapachula, México. Tapachula tem uma base militar onde todas as aeronaves privadas precisam pousar para passar pela alfândega. Depois de um monte de autógrafos e fotos, os agentes da alfândega nos deixaram voar até a Cidade do México.
Joe com o embaixador dos Estados Unidos no México, Earl Wayne.
Brad conhecendo fãs do Japão!
A banda fez uma festa para a equipe umas duas noites antes do show em ótimo bar/restaurante chamado Karisma. Steven, Joe, Brad e David Hull vieram e todo mundo se divertiu muito. O Karisma fica em frente ao hotel, então foi um caminho curto e fácil. Dizem uns rumores que um membro da equipe em outra turnê pegou um táxi para o hotel, o que dá literalmente uns 30 metros de uma porta à outra. O importante é chegar em casa seguro, eu acho.
O show na Arena Ciudad foi o único da turnê em local fechado, e tenho que dizer que esses são os meus lugares preferidos. O Aerosmith é uma banda de rock de arena, que lugar melhor para vê-los que não seja uma arena? Anfiteatros são legais, mas normalmente ficam a uns 60 quilômetros da cidade, e é bom ter muito repelente em mãos.
Na fumaça!
Joey conversa com o público no meio do show.
Dream On.
Por toda a turnê, os meninos de Boston ficaram de olho no World Series (campeonato de beisebol) e adoramos poder ver o jogo final em nossas próprias casas, exceto pelo “Demon of Screaming” e sua prole. Steven e o filho Taj viram o jogo de pertinho, torcendo por mais um título do World Series. Tive a sorte de acompanhar Steven no Jogo 1 do campeonato de 2004, quando ele cantou o hino.
Os caras quebraram tudo na Cidade do México. As pessoas são “locas” e excepcionais. Essa noite não foi diferente. Foi um ótimo jeito de terminar a turnê.
Uma das coisas mais bizarras que já vi em turnê foi na noite que Steven e Joe viram o show do Jane’s Addiction em São Paulo (nota: John se confundiu, o show foi em Buenos Aires). Steven tem uma assistente que está com ele por mais ou menos um ano. O nome dela é Aimee Preston Schachter. Menina adorável e simples. Bem, o Jane’s tem uma parte no show em que várias pessoas ficam voando nos fundos do palco e Aimee ficou curiosa para saber como eles faziam aquilo. Descobrimos que as pessoas ficam literalmente penduradas por ganchos perfurados nas costas, a uns 15 centímetros do pescoço. O cara que faz isso tinha acabado de prender de novo um dos dançarinos quando Aimee, aparentemente sem motivo nenhum, também. Alguns minutos depois ela saiu do camarim com um gancho gigante nas costas. Tem que ter muita coragem.
Também tiramos o chapéu para nosso amigo Chris Chelios, por ter entrado no Hall da Fama do Hóquei nesta semana. Chris é um grande fã do Aerosmith e pode ser visto no backstage em Detroit ou Chicago. Conheci Chris pela primeira vez no United Center em Chicago em 1994, quando os jogadores estavam suspensos. Não completamente suspensos, já que ele tinha a chave do vestiário. Parabéns, Chris!
O primeiro show da turnê desse verão já foi anunciado e muito mais vai vir em seguida. Esperem para ver a banda na Europa no final de maio e durante junho. E dedos cruzados nos Estados Unidos em julho e agosto.
Atualização sobre o Tom:
Tom está muito bem e vai se preparar para a turnê pela Europa em maio. Esse cara dá o sangue pela estrada e ama estar por aí com vocês.
O funcionários da semana vai para toda a equipe do Aerosmith. Esses membros são os garotos e garotas mais trabalhadores que existem. Não existe turnê mais difícil de organizar e desmontar que a do Aerosmith, e é por isso que só contratamos os melhores dos melhores. Aos meus irmãos e irmãs, é com grande prazer que dou a vocês a honra do Funcionários da Semana!